É impressionante a avalanche de matérias nos últimos meses questionando o papel das redes sociais na sociedade, e o debate ficou mais intenso em momentos como o que vivemos onde sua atuação pode ser prejudicial pela propagação de desinformação e discurso de ódio.
Para que tenhamos mais esclarecimento sobre os mecanismos dos algoritmos e como são explorados, uma pesquisa identificou que mais da metade das discussões sobre COVID-19 no Twitter foram geradas por bots (contas falsas de robôs) cujo objetivo máximo é propagar a velocidade alarmante a mensagem que foi definida pelo cliente contratante do serviço. Essa tática gera a viralização do conteúdo.
Além dos bots, outro elemento importante deste ecossistema são os trolls, contas que simulam ser uma pessoa real que muitas vezes possuem inúmeros seguidores e disseminam mensagem de ruptura. Foi identificado em uma pesquisa realizada em 2018 que as contas de usuários mais influentes em movimentos como Black Lives Matter e Blue Lives Matter eram de trolls.
Daí que começa uma jornada de cobrança da sociedade por mudanças mais rápidas, e este ano presenciamos a notícia de que o Facebook está sofrendo um boicote por parte de grandes anunciantes (160 empresas) e já teve prejuízo de U$ 74 bilhões.
Espera-se que Zuckerberg efetivamente aplique mudanças para controlar o discurso de ódio e a propagação de notícias falsas…um dos grandes catalisadores deste movimento é a aproximação das eleições americanas e como sabemos, a utilização das redes sociais foram um ponto controverso na corrida da eleição anterior.