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Especialista dá dicas para os líderes estruturarem feedbacks mais efetivos durante o trabalho remoto.

Há um ano, grande parte das empresas se viram diante de um grande desafio: levar suas equipes para casa e começar a atuar remotamente. Como várias não tinham se estruturado para um cenário assim, 2020 se tornou um ano de profundos aprendizados. E, em meio a tantos desafios, um dos principais foi o feedback: como conduzir essas conversas à distância?

Para Clarissa da Rosa, fundadora da Muta, consultoria de transformação digital e comportamental, o grande cuidado é ficar atento ao estado emocional das pessoas. “A saúde mental foi muito impactada. Então é importante o líder identificar se o liderado está num momento estável para conversar”, diz. Para captar as nuances, e conseguir tirar o melhor dessas avaliações, aqui vão algumas dicas.

Quais são os erros que os líderes mais cometem ao dar feedback remotamente?

Falta de empatia e despreparo podem ser fatais para o bom andamento de uma rodada de feedback. por isso, é importante ter um checklist do que será tratado e conduzir a conversa com tranquilidade – sem tentar se impor. “Fazer imperar a sua necessidade ou urgência é um erro”, diz Clarissa.

Outro erro é atacar a pessoa e não os comportamentos que precisam de ajustes. “Que não seja um momento de julgamentos da pessoa e tampouco de um vício corporativo de trazer na gala pontuações sobre o que não funcionou”, afirma a especialista.

Como estruturar os feedbacks no home office?

Antes de começar a conversa, é importante confirmar como o liderado se aquele momento é um bom momento para conversar e perceber como a outra pessoa está se sentindo. “Temos que ver se o outro está aberto e saudável para receber esse tipo de conversa. Não podemos perder esse caráter empático de entender como o outro está para receber todas essas pontuações”, diz Clarissa.

Além disso, é interessante ter um planejamento para conduzir a conversa, com escopo definido do que será tratado e utilizando a ferramenta que achar melhor: papel, computador, celular. Isso ajuda a não se perder. “Estruture esse papo, porque o feedback tem um papel esclarecedor”, explica a consultora.

Como ficam os feedbacks curtos do dia a dia?

Se antes era possível tirar 15 minutinhos para ir até o café e passar um feedback rápido, positivo ou negativo, com o home office isso se complica. O mais comum é que os líderes mandem mensagens para as equipes, mas isso pode gerar ruídos – já que a mensagem não vem com tom de voz e pode ser mal interpretada. “Pode impactar uma pessoa que esteja sensibilizada e talvez não esteja em um momento legal”, diz Clarissa.

O melhor é criar momentos periódicos de conversas, como reuniões semanais, para fazer essas pontuações, como indica a especialista: “É importante conversar e ter esses rituais. O ser humano em geral lida bem com rituais, então, fazer um café da manhã com o líder, por exemplo, ajuda a absorver, a criar uma cadência e estimular as trocas”.

De que maneira os liderados podem se preparar para o feedback?

Quem recebe feedback também precisa se preparar, se desprender de julgamentos e se abrir: “Façam um combinado de abertura de câmera para troca. E que seja um espaço de acolhimento para que as pessoas possam conversar e ter pontuações importantes”, diz Clarissa.

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Reprodução da matéria veiculado no VOCÊRH. Acesse aqui o conteúdo original.

crédito imagem: rightbrainedmom

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