Desenvolvido por Clarissa Da Rosa e Rachel Frota, o método visa o desenvolvimento de habilidades e estratégias.
Cada vez mais empresas precisam se reinventar para lidar com os novos desafios. Diante do atual cenário, as transformações empresariais nunca foram tão necessárias. Foi pensando no panorama de recuperação e desenvolvimento que a Muta Ecossistema criou uma metodologia aliada com as exigências do momento.
Idealizado pelas fundadoras da empresa, Clarissa Da Rosa e Rachel Frota, o Transforma.Co é um método voltado ao desenvolvimento. Constituído por quatro etapas distintas, o artifício carrega os valores da Muta com o objetivo de “transformar a empresa de dentro para fora”, como explica Da Rosa. “Acreditamos muito no poder da educação como uma força transformadora para os negócios”, relata a profissional. Rachel Frota ressalta que o modelo de ecossistema possibilita “uma riqueza e amplitude de temas, conteúdos e formatos”.
A identificação e paixão pelo tema da educação corporativa, experiências anteriores e a vontade genuína de desenhar soluções para empreendimentos foram motivações para a concepção do Transforma.Co. Para elas, a educação coorporativa deve começar desde a base para entregar capacidades fundamentais para cargos de liderança, por exemplo. “A gente precisa desenvolver essas pessoas desde o início, senão a gente cria esse déficit de conhecimento e ferramental”, explica.
Desta forma, o método organicamente tornou-se um pilar da Muta. No sistema, as empresas e colaboradores protagonizam o próprio desenvolvimento. Para facilitar a assimilação do conteúdo, do contexto e do raciocínio, a metodologia é composta por quatro etapas: a definição do propósito, o alinhamento com os objetivos de negócio, a criação de ferramentas de engajamento e o feedback constante entre os times.
“Estamos sempre em mudanças constantes nos mercados, sempre estamos em movimento. Por isso as empresas também têm que estar em movimento” Clarissa Da Rosa, Cofundadora Muta Ecossistemas
Definir os propósitos é primordial, pois as lideranças precisam estar alinhadas com um objetivo para influenciar suas equipes. “É dar o contexto sobre os treinamentos e jornadas de aprendizagem porque essa atitude faz toda a diferença no quanto os times vão se engajar”, complementa Frota. Com isso, é possível alinhar as estratégias com os objetivos e definir a melhor ferramenta para gerar o impacto final.
“Você já vai saber qual resultado quer gerar para que a gente possa criar jornadas de aprendizagem vinculadas com o terceiro ponto, a criação de ferramentas de engajamento”, argumenta a profissional. O formato de entrega do conteúdo condiz com o contexto e o tempo de dedicação dos profissionais. Entre as estratégias do Transforma.Co para gerar interação na equipe estão desafios aos participantes, leitura de livros, podcast sobre os assuntos, pílulas de conhecimento, cursos, discussões e vários formatos complementares para as vezes desenvolver um mesmo tema.
“O tema pode ser o mesmo, mas a forma como você vai desenvolver é completamente diferente por conta da cultura, do contexto e das práticas atuais de cada empresa” Rachel Frota, Cofundadora Muta Ecossistemas
A última etapa da metodologia, os feedbacks, foi pensada para análise de alinhamento e retroalimentação constante. As diferentes percepções são importantes para criação de outros formatos e verificação do processo tendo como base as opiniões de diferentes níveis da empresa. Da Rosa esclarece que a educação precisa ser contínua de modo que as pessoas consigam se estruturar e ancorar as mudanças.
Por isso, buscam inserir o conceito de LifeLong Learning nas organizações a fim de que tenham esta mentalidade e agreguem em suas culturas. “Não é um curso pontual que resolve e entrega uma solução em um mundo que está em movimento”, exemplifica Clarissa. Sendo assim, o Transforma.Co procura desenvolver habilidades emocionais, comportamentais e estratégicas.
A gestão do tempo, flexibilidade e produtividade são pontos discutidos ao longo do programa de treinamentos. Rachel Frota esclarece que o modelo home-office exige novas habilidades e que produtividade é saber exercer atividades com bons resultados em menores espaços de tempo. “A gente não funciona como um computador”, comenta. Clarissa Da Rosa complementa o raciocínio ressaltando que ter clareza de metas, formação e direcionamento é essencial para pessoas e empresas.
As executivas observam que nos cargos de lideranças existe ainda a dificuldade de alinhamento de times e em manter a integridade e segurança sobre metas, objetivos e planos. Clarissa Da Rosa acrescenta a estas circusntâncias a zona de desconforto rodeada de muitas mudanças nos cargos de líderes. Por isso, criar processos de adaptabilidade e superação de desafios é essencial. A profissional enfatiza que os líderes precisam fazer uma boa gestão do tempo para as atender melhor as pessoas pois o momento tornou-se cada vez mais complexo.
Rachel Frota destaca que, no Brasil, ainda há a crença sobre a responsabilidade de desenvolver soft skills ser apenas da pessoa física. Contudo, diz que é necessário trabalhar essa mentalidade no coletivo. Para as administradoras, o tema da inteligência emocional e aspectos sobre saúde mental devem ser prioridades nas agendas de negócios e que o processo deve ser de coparticipação e corresponsabilidade.
“Esse tema precisa não ser só um anexo, mas ele precisa ser algo ativamente disseminado, fazer parte da cultura para que as pessoas consigam estar bem, equilibrar todas as suas esferas e conseguir trabalhar bem em ambientes mais saudáveis” Clarissa Da Rosa, Cofundadora Muta Ecossistemas
A empresa tem o papel de estimular, acolher e criar oportunidades de modo que os indivíduos se desenvolvam emocionalmente também. Do outro lado, profissionais precisam estar abertos e ter o ímpeto de se desenvolver. A Cofundadora explica que é necessário criar mecanismos de autoconhecimento, empatia e relacionamentos. Dessa forma, a metodologia do Transforma.Co aborda ainda as práticas sobre comunicação empresarial, assertiva e não-violenta.
Os impactos dessas abordagens geram diferentes transformações positivas. É perceptível a colaboração entre áreas, o aumento de diálogo e troca de informação e melhorias na relação com os próprios clientes. Além disso, os métodos acabam impactando na saúde mental e qualidade das relações. “Eu acho que existem benefícios até mesmo intangíveis”, comenta Clarissa Da Rosa. Para ela, é possível avaliar essas nuances com os feedbacks ao final das jornadas de treinamento.
Um levantamento realizado pela Muta Ecossistema apontou melhora de 90% em relação ao engajamento das equipes e o clima organizacional em empresas que adotaram o Transforma.Co. Após o treinamento desenvolvido em 2020, foram mais de 4.420 horas de conteúdo compartilhado e 350 pessoas responderam a um questionário e feedback que demonstram estes resultados.
“Uma jornada é uma ideia, é um plano que precisa ser otimizado conforme os resultados que a gente vai colhendo durante o processo” Rachel Frota, Cofundadora Muta Ecossistemas
As executivas comentam que perceberam a mudança nos comportamentos e aplicação dos conceitos e estratégias em suas carreiras e rotinas. Sobre os RHs Clarissa nota que houve impactos em índices de produtividade e comprometimento. Relata, além disso, que a comunicação melhorou e pessoas tornaram-se mais ativas na resolução de problemas complexos.
Até agora, Clarissa Da Rosa e Rachel Frota dizem estar satisfeitas com o alcance de objetivos. “Essas entrevistas e os feedbacks qualitativos são transformadores tanto para nós quanto para as empresas”, assegura Frota. Para ela, uma métrica de sucesso é entregar os resultados e transformações esperados por cada cliente.
“Tenho uma sensação de satisfação e de inquietude ao mesmo tempo”, diz Da Rosa. Segundo ela, cada projeto são novas descobertas e isso permite a evolução constante das abordagens. “Eu torço para que cada vez mais empresas queiram se transformar internamente e estejam abertas à educação, a protagonizar a aprendizagem, ao desenvolvimento e adotar o treinamento e desenvolvimento humano. E que isso também seja uma prioridade nas agendas”, afirma Clarissa Da Rosa.
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