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Nós listamos 4 itens que julgamos essenciais para quem procura impulsionar a transformação digital e o branding no setor agro brasileiro!

Recentemente, nós falamos que, em 2021, o mercado de startups brasileiras ligadas ao agronegócio bateu o seu recorde histórico com mais de US$ 100 milhões aplicados. Mas, tecnologia sem propósito não resolve coisa alguma. Então fica a pergunta: como transpor os desafios e fortalecer marcas de agronegócio no Brasil?

1 – Você sabe com quem está falando?

Um ponto muito crítico no Agro é a pesquisa etnográfica (ir a campo), ter vivência maior com o público, além de uma diversificação de amostragem por região. Afinal, cada pedacinho do Brasil conta com um plantio muito peculiar e tem demandas específicas. Pesquisas trazem o entendimento das nuances de comportamento e necessidades latentes desse consumidor tão peculiar. Há uma grande generalização por parte das empresas no processo de entendimento do perfil do agricultor que compra os seus produtos. Tem muitos achismos, por isso é necessário ter uma abordagem de testes/validações, com etapas de discovery mais profundas que trazem insights mais precisos sobre as dores reais dos consumidores.

Embora opere em alta, é importante ressaltar que o contexto desse setor é complexo, e que enfrenta cada vez mais desafios como concorrência internacional, problemas ambientais, mudanças climáticas, demanda maior de alimentos por conta do crescimento populacional e preocupação crescente quanto ao uso de defensivos agrícolas.

2 – Tecnologia ≠ transformação digital

Em busca de soluções, a tecnologia vem se tornando cada vez mais proeminente no Agro. O setor vem se transformando em busca de soluções tecnológicas e incorporando à sua rotina a agricultura de precisão, robótica, uso de drones, Internet das Coisas (IoT), plataformas de gerenciamento empresarial, digitalização dos seus canais de comunicação, automações de marketing, vendas de insumos online, etc.

A tecnologia por si só, porém, não vai transformar a mentalidade das empresas e dos consumidores. A adoção de ferramentas atuais não vai criar novas rotinas operacionais adequadas às demandas do mercado atual, ou padrões de consumos digitais, do nada:quem pretende se transformar digitalmente precisa pegar os seus clientes pela mão e ir além da venda de produtos. 

É necessário “servir”, transformar e formar o mercado. Dessa forma, é possível comunicar a proposta de valor das suas soluções para o agricultor brasileiro. E nesse aspecto, o trabalho de branding é fundamental, pois vai dar todo esse lastro sobre posicionamento, atitude, tom de voz, apelo visual e a proposta de valor da marca de uma forma estruturada e que é facilmente absorvida.

O que temos visto no mercado é a reinvenção do setor na transformação das suas estratégias de marketing utilizando novas tecnologias e apostando mais nos meios digitais para aproximar dos clientes e alavancar vendas. Alguns exemplos disso são a total transformação de websites pensando em melhorar a usabilidade, arquitetura de conteúdo e funcionalidades visando entregar conteúdo de qualidade sobre seus produtos ou serviços e coletar dados de seus leads com a utilização de plataformas de CRM, direcionando os esforços do time comercial e mapeando as características e preferências de seus clientes para desenhar campanhas de marketing mais efetivas.

3 – Trabalho em equipe

A nossa experiência com os clientes do agronegócio nos ensinou que não há mais espaço para falar de comunicação ou branding sem um mergulho profundo nas questões que envolvem o negócio e a particularidade dessas empresas.

Nós notamos que há um grande gap de integração quando falamos de comunicação e negócio. Em empresas bastante departamentalizadas, com objetivos fragmentados e sem uma visão integrada por parte do marketing é difícil alcançar os melhores resultados. Por isso, um ponto essencial é garantir modelos de trabalho ágeis, claros e eficientes para que todos trabalhem em sintonia e com objetivos em comum, assim como treinamentos e workshops.

4 – O novo agricultor 

O agronegócio é um gigante, que se renova e se atualiza diariamente. Por isso, é importante desafiar as ideias pré-estabelecidas que temos sobre o perfil dos empresários desse mercado.

  • 90% dos agricultores costumam acessar alguma rede social para se informar;
  • 46 anos média de idade dos decisores;
  • 76% produtores / agricultores usam whatsapp para realizar negócios;
  • 19% dos estabelecimentos agropecuários são geridos por mulheres, em comparação com 13% em 2006;
  • Agricultores que preferem canais online para compras de insumos e maquinários no Brasil: 46% em Março 2021 comparado a 36% pré-pandemia;
  • A preferência por interações digitais é maior nas etapas de Pesquisa 55%, Cotação 70% e Recompra 53%. Tendência de atendimento e suporte multicanal no Brasil;
  • Escolaridade: 37,1% tem ensino superior completo, e 24,7% terminou o ensino médio

Fontes: Pesquisa ABMRA, Censo Agro 2017, Mckinsey & Company, Deagro – Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e Organização das Cooperativas Brasileiras.

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