Multinacionais da Alemanha, Argentina e Brasil contaram com apoio da Muta Ecossistema para se modernizar e colheram bons frutos.
“Temos muita tecnologia disponível no setor, mas a tecnologia por si só não garante a transformação digital no agronegócio”, afirma Clarissa Da Rosa, sócia-fundadora da Muta Ecossistema.
A ideia é pensar que, o campo já utilizava da tecnologia para manejo do campo, não é de hoje, mas agora passa a se transformar digitalmente com o foco no marketing, uso de plataformas de automação, escalando iniciativas de venda online.
Mesmo durante a pandemia, o setor segue em alta no Brasil. Atualmente, o país é o quarto maior exportador mundial de produtos agropecuários, com aproximadamente US$ 96,9 bilhões gastos, atrás apenas da União Europeia, EUA e China. No entanto, ainda falta integração quando falamos de comunicação e negócio. Os clientes ainda são bastante departamentalizados, com objetivos fragmentados e sem uma visão integrada por parte do marketing, segundo Da Rosa.
Por conta disso, buscando aproximar ainda mais o agronegócio e a tecnologia, a Muta atua de uma maneira em que, em uma jornada integrada de soluções, o trabalho de branding seja importante. “Dessa forma, podemos tratar de posicionamento, atitude, como falar com o seu consumidor, apelo visual e proposta de valor da marca de uma forma estruturada e que possa ser absorvida de forma clara e assertiva, trazendo o cliente para uma realidade mais humanizada e personalizada”, pontua.
Como funciona?
A Muta atua como conectores de expertises, co-criando soluções com as empresas dentro dos pilares de marketing, vendas, tecnologia e educação. Isso permite alcançar uma série de atividades independente da maturidade digital e do estágio de negócio e crescimento dos clientes. Ao buscar o melhor uso da tecnologia, destacam alguns pontos como desenvolvimento, produtos e soluções digitais, website, e-commerce; testes de usabilidade, prototipação, pesquisas com os usuários, mapeamento da jornada dos clientes, recomendação sobre o uso de plataformas e ecossistema de marketing da empresa, conectados aos objetivos do negócio, data Analytics, Business Intelligence e Automação de Marketing, treinamentos de soft skills, de vendas, aculturamento digital dos times, entre outros.
Diante dessas condições, o tempo para que os resultados apareçam varia. Eles dependem de fatores como objetivos de negócio (pré-definidos ou múltiplos e escalonados), complexidade, time envolvido, níveis de aprovação, modelo de atuação Muta/cliente, investimento e métricas de sucesso estabelecidas para o projeto. O tempo estimado é de que em 3 meses já seja possível gerar impacto e resultados com os clientes.
Resultados
Uma startup do setor agrícola, sediada na Argentina, com operação global, sendo um marketplace (ou seja, ela era a solução tecnológica para integrar empresas que querem vender maquinários e insumos e o agricultor que deseja comprá-los – B2B2C.)
”Tivemos dificuldades pois o agricultor no Brasil está em um estágio diferente de assimilação dessa tecnologia. Ele tem hábitos e relações distintas de compra, além de precisar ser aculturado sobre o digital e passar por uma transição de confiabilidade na relação da venda presencial e consultiva de um representante de vendas para compra self service em uma canal 100% online”,
afirma Rachel Frota, sócia-fundadora da Muta.
Após o entendimento do cliente e de dificuldades, a empresa passou a atuar de forma que houvesse uma imersão com todos os participantes do processo. Com o objetivo de coletar informações, mas também capturar lacunas de discurso, oportunidades e também possíveis vícios e resistências no processo de comunicação, de início, houve o contato com marketing, vendas, CEO, RH, sócio-investidor e clientes (empresas e agricultores).
“A partir da conversa, notamos diferenças nítidas no discurso sobre a marca e posicionamento entre os stakeholders e então, começou o processo de trazer a marca para algo que se comunicasse mais com o Brasil, uma vez que era uma empresa argentina. Em resumo, um trabalho que era para se ater à tropicalização de uma marca se desdobrou em questões estruturais como arquitetura de marca, portfólio de produtos e soluções, impactando, inclusive, no seu modelo de negócio”, diz Frota.
Comunicação alemã x brasileira
Um cliente alemão do setor de fungicidas buscava se estabelecer no Brasil. E as primeiras dificuldades para alcançar o objetivo foram identificadas. A marca era desconhecida no país e precisava se comunicar melhor com os brasileiros, de forma assertiva e clara para com o agricultor local.
“O trabalho de branding posicionou a marca institucional e os principais produtos no mercado brasileiro. Além disso, houve um estudo visual e apresentação de nova proposta para que tivesse mais aderência com o que o agricultor brasileiro está acostumado. Dessa forma, o trabalho foi importante para trazer mais clareza ao mercado brasileiro sobre o portfólio de soluções e também posicionou uma empresa alemã, gerando proximidade com o agricultor e, consequentemente, alta demanda de solicitações dos produtos para a área comercial da empresa”, conta Frota.
Três marcas em uma só
Uma companhia possui 3 marcas de sementes diferentes, que, teoricamente, concorrem entre si. Mas, por uma questão de posicionamento e identificação de diferentes perfis de compradores, conseguiram distingui-las, minimizando uma possível sobreposição. Como são instituições já consolidadas e lembradas por seus consumidores, o compromisso maior do trabalho de marca foi buscar uma novidade e reforçar atributos importantes, para que ela se mantenha na posição de liderança dentro da sua categoria.
“A questão de conversar com o agricultor brasileiro não foi um problema, mas aumentar a relevância da marca e aumentar a sua abrangência foi o ponto-chave nesse caso. Para resolver, a Muta atuou revisitando os slogans e criando gatilhos que servem à essa renovação de discurso, que traz novidade ao consumidor. Também criamos novos códigos visuais para haver uma renovação e um respiro na marca, para que se mantenha sempre jovem e trazendo um ar de novidade junto ao agricultor”,
finaliza Clarissa Da Rosa.