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Clarissa Da Rosa e Rachel Frota, fundadoras da Muta Ecossistema, falam sobre a importância das habilidades comportamentais e como desenvolvê-las.

As práticas de recrutamento e treinamento das empresas vêm passando por mudanças e uma delas é o foco maior nas soft skills (ou habilidades comportamentais). Com a possibilidade de melhorar a interação dos funcionários e otimizar processos, essas qualidades ganham cada vez mais importância no mercado de trabalho.

Certos comportamentos são essenciais para a execução de tarefas específicas. Para um cargo de liderança, por exemplo, a falta de comunicação e empatia pode dificultar a relação do líder com os seus liderados. 

Em relação aos processos de recrutamento e seleção, o profissional que está em busca de uma vaga de emprego ou que deseja se manter no mercado de trabalho também deve dar uma atenção para desenvolver certas habilidades comportamentais — e não apenas conhecimentos técnicos.

À Folha+, Clarissa Da Rosa e Rachel Frota, fundadoras da Muta Ecossistema , afirmam notar uma crescente nas empresas para que seus profissionais tenham inteligência emocional, práticas que orientem o feedback, gestão do tempo e comunicação eficaz.

As habilidades mais valorizadas pelo mercado estão em constante transformação e, por isso, o aprendizado contínuo é fundamental para empresas e profissionais que querem se destacar. Segundo o World Economic Forum , para os próximos cinco anos as principais soft skills são:

  1. Criatividade, originalidade e iniciativa;
  2. Pensamento crítico;
  3. Liderança e Influência social;
  4. Resolução de problemas complexos;
  5. Inteligência emocional;
  6. Raciocínio e ideação;
  7. Persuasão e negociação;
  8. Resiliência e flexibilidade;
  9. Foco nas necessidades do consumidor;
  10. Solução para a experiência do usuário;
  11. Pensamento analítico e Inovação;
  12. Aprendizado ativo (lifelong learning);
  13. Uso, monitoramento e controle da tecnologia;
  14. Análise e avaliação de sistemas.

E como desenvolvê-las?

As especialistas contam que para desenvolver essas habilidades é necessário um esforço coletivo por parte das empresas e dos profissionais. Segundo elas, ambos precisam se empenhar, mas cada uma da sua maneira. 

“Para as empresas, é importante pensar em aspectos de cultura organizacional, criar rotinas e rituais com os colaboradores, ter recorrência em relação a essas atividades e objetivos individuais e coletivos claros, engajar os líderes para que se tornem incentivadores do desenvolvimento dessas habilidades”.

“Já por parte do profissional, é super importante estar aberto a expandir o olhar para uma nova mentalidade e relação com o trabalho, ter compromisso com o aprimoramento contínuo, estar consciente que precisa proativamente, buscar autoconhecimento e melhoria das relações interpessoais”, completam.

Caso não exista essa iniciativa por parte da empresa, elas indicam que o funcionário seja “protagonista da sua própria carreira” e busque se desenvolver por conta própria, com foco nas habilidades que façam sentido para a função atual ou com o que deseja seguir no futuro.

E as habilidades técnicas?

“As habilidades técnicas continuam sendo importantes para o profissional do futuro”, afirmam as especialistas. Segundo elas, o importante é conseguir “recalibrar” a desproporção que existia entre as competências técnicas e comportamentais. 

“Focou-se antes muito no desenvolvimento técnico, deixou-se de lado o comportamental, quando na verdade essas habilidades devem andar juntas. Reiteramos aqui esse ponto que é super importante, o foco de desenvolvimento sempre normalizou o técnico (hard skills) e abstraiu o comportamental (soft skills).”

Clarissa e Rachel contam que, em um mercado em mudanças, faltam profissionais que tenham ferramentas socioemocionais suficientes para enfrentrar um novo estilo de vida e relação com o trabalho.

“É importante, acima de tudo, investir em repertório e assumir uma posição de aprendizado contínuo, que vai de encontro a filosofia ‘lifelong learning’. É fundamental desenvolver um olhar curioso e estar aberto ao novo”

Além disso, elas chamam atenção para a necessidade de enxergar a trajetória profissional como uma trilha contínua a ser percorrida e que nela cabe uma série de conhecimentos, como livros, viagens, eventos nacionais e internacional, cursos técnicos e comportamentais, e tudo o que fizer sentido para os próprios objetivos.

Como definir os objetivos profissionais?

Para saber quais são as habilidades emocionais que devem ser desenvolvidas, é preciso ter objetivos profissionais claros e definidos. A dica das empresárias é realizar uma boa curadoria profissional. 

Em um bloco de notas, reuna propósitos, objetivos profissionais, experiências que deseja ter no mercado de trabalho e valores que quer cultivar. “Com essas premissas estabelecidas, você conseguirá fazer boas escolhas, pois terá claro o que é importante para que alcance esses objetivos mapeados.”

Na hora de se desenolvedor, você pode contar com mentores, empresas especializadas em curadoria de conhecimento, trocar experiências com outros profissionais da sua área ou de áreas análogas.

“Esse tipo de movimento ajuda a colocar em prática tudo que foi mapeado na construção dos objetivos e trará mais segurança e assertividade na construção do seu caminho”, complementam.

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Reprodução da matéria veiculado na Folha Dirigida. Acesse aqui o conteúdo original.

crédito imagem: Loui Jover

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